Quatro anos até aqui.
Engraçado ver como o tempo passa.
Antes de ontem vi o resultado do vestibular, ontem foi meu trote e hoje estou no último ano da faculdade.
Lembro-me bem do dia em que as aulas começaram, das pessoas com quem conversei, do primeiro dia de estágio. E hoje falta apenas um ano para acabar esta etapa. No meio de dezembro minha chefe perguntou: “TOD, vc já se deu conta que estas são suas últimas férias de verão como estagiária”. Foi então que caiu a ficha. Olhando para trás, vejo quanta coisa aconteceu neste período.
Amigos vieram, amigos se foram, amigos voltaram.
Amores vieram, amores se foram.
Amigos casaram.Bebês nasceram.
Lágrimas caíram e sorrisos brotaram.
Shows inesperados e bandas novas apareceram.
Experiências, aventuras, mudanças.
Cada dia destes pouco mais de 1400 dias foi diferente e alguns dos momentos e experiências jamais voltarão, foram singulares.
Algo que eu sempre penso no final de cada ano se fez realmente real: “Este acabou de um jeito e o próximo ano não vai acabar como começou”. É meio redundante dizer isso, mas é a verdade.
É incrível analisar as transformações que podem acontecer ao longo de 365 dias!
Não que isso seja ruim, de certo modo é bom. Entretanto, não sou uma pessoa muito adepta de mudanças, apesar de ter aprendido a conviver com elas. Fazem parte da vida e é algo intrínseco ao ser humano.
Este ano, especialmente, posso dizer que as mudanças (em relação aos anos anteriores) foram mais agradáveis e surpreendentes. Sem entrar no mérito, seguramente foi o ano mais difícil e puxado da faculdade, ao passo que foi o mais prazeroso. Aprendi a não entrar (tanto) em desespero e levar as provas (e DPs) de boa. De outra parte, conheci pessoas novas e queridas, encontrei uma igreja extremamente cativante, formei uma família sem comparações chamada PA e ganhei amigos sem os quais hoje não sei viver sem, viajei com pessoas especiais, comprei um xbox e fiz coisas que jamais pensei algum dia fazer.
O esperado (e temido) momento de prestar a OAB chegou. Apresentar o TGI que parecia ser algo distante está cada vez mais perto. Tomar banho e pensar nas pessoas que não posso esquecer de citar nos agradecimentos está virando rotina. A insônia vem fazer uma visita todas as noites, viramos amigas e presencio a luta entre ela e Morpheu para ver quem toma conta da minha atenção. Ela sempre ganha, é claro.
As mudanças e reviravoltas ao longo de 4 anos são gritantes. A quantidade de pessoas que passaram pela minha vida e a pequena parcela que permaneceu é curiosa. As experiências, as coisas novas, o amadurecimento e o tempo foram relativamente (sim, relativamente) bons.
Trabalhar, estudar, pagar contas, cuidar do ap, cuidar de 5 meninas. Há 4 anos atrás eu nem imaginava isso. Aliás, é estranho pensar que, em algum momento da minha vida, eu ia pra escola de manhã, dormir na parte da tarde e via filmes e desenhos a noite.
Enfim, agora que falta pouco para acabar, paro pra pensar no curso que as coisas tomaram e vejo como Deus tem sido cuidadoso e carinhoso. É claro que neste caminho todo, apareceram pedrinhas e buraquinhos para atrapalhar, mas não me lembro de passar por eles sozinha. Lembro, sim, dEle estar comigo em cada momento me dando a mão e muitas vezes carregando no colo (naqueles momentos em que andar com as próprias pernas já não era mais possível).
Falta menos de um ano para a virar uma pessoa de verdade. Olho para os quatro que já passaram e só tenho a agradecer por tudo e criar coragem para enfrentar o último [e mais pesado, mas não menos importante] ano.
É mais ou menos assim.
“E se eu pudesse voltar, faria tudo de novo. Apenas aumentaria a intensidade a pararia o tempo”.
DIXI!